Cuba – Varadero

Fala Viageiros, tudo bem?!

Vou contar um pouco dessa minha breve viagem a Cuba. Foram apenas 5 noites que tentei aproveitar o máximo possível essa oportunidade.

Mas antes vou pedir a gentileza de seguirem o meu Insta: @profissaoviageiro

E também se inscreverem no canal do YouTube: Profissão Viageiro

Cuba sempre foi um lugar que me deixou curioso. Poucos lugares te dão a oportunidade de entrar em uma máquina do tempo para o passado como Cuba. Eu gostaria de ter visitado uns anos atrás, quando boa parte das coisas modernas sequer existiam por lá. Agora as coisas, mesmo que muito lentamente, estão mudando. Muita coisa já não é como era. Muita coisa que não era tolerada, agora aparentemente é. Que bom para eles! Essa ditadura comunista fez, e faz, aquele povo sofrer demais… Espero que as mudanças sejam cada vez mais rápidas.

Mesmo assim é uma viagem no tempo bem bacana (para turistas, que podem pegar o avião e irem embora quando acaba o passeio).

Visitar Cuba agora (final de 2022) já foi um pouco diferente… As pessoas que têm uma vida um pouco melhor já tem celular, algumas delas com 3G (olha só!). Cheguei a ir em um restaurante que tinha Wi Fi! O Roaming Internacional do meu celular funcionou e aparentemente sem nenhum filtro para aplicativos… Coisas inimagináveis 10 anos atrás…

Fiz uma reserva de quarto em Havana pelo AirBnB! E a host respondia as mensagens bem rápido! Novos tempos!

Cuba hoje só tem uma moeda, o Peso Cubano. O dólar é uma moeda aceita oficialmente agora, com cotação oficial e tudo, sendo comercializada em qualquer casa de câmbio!

Inicialmente o governo tentou manter uma taxa fixa de câmbio (igual a Argentina tentou de forma patética uns anos atrás), mas como todas as ideias socialistas, essa também não deu certo.

O dólar paralelo estava tão discrepante da taxa oficial que imagino ninguém mais buscava o câmbio oficial. Então recentemente o dólar flutuante passou a ser adotado oficialmente, diminuindo bastante a distância para o dólar paralelo e desvalorizando muito a moeda local. O salário mínimo lá hoje é menos de US$ 30 por mês.

A boa notícia para turistas é que algumas coisas estão cada dia mais baratas, como refeições, que não têm necessariamente seu preço atrelado ao dólar.

Todos esses anos de ditadura levaram a ilha a um ponto de pobreza que nem sei se tem mais solução em um curto ou médio prazo. Tem muitos momentos que bate uma tristeza que não é fácil. Ficar se colocando no lugar daquelas pessoas faz a vibe do rolê dar uma caída… Principalmente quando se conversa com as pessoas. Pobreza é pobreza em qualquer lugar… Aqui, lá… Mas a diferença é a falta de esperança. Nunca vi um lugar tão sem esperança de dias melhores como lá. Ninguém tem… Isso é foda.

O comunismo mata de fora para dentro e também de dentro para fora… ☹

Uma das partes mais assustadoras é a escassez. Pessoas em filas para todos os lados sem saber se vão, ou não, encontrar alguma comida naquele dia. O governo teoricamente se compromete a distribuir alguns produtos, mas encontrar esses produtos é outra história. Ninguém sabe o que vai chegar naquele dia. E se for algo que eles já retiraram antes, voltam para casa sem nada naquele dia. Pode ser que não chegue nada em um dia, segundo eles contam.

Mas isso não é só para os produtos distribuídos. Tem muita coisa lá que mesmo que você tenha dinheiro para comprar, você não encontra. Itens alimentícios, farmacêuticos e tudo mais que você possa imaginar. Eu fiquei realmente impressionado com isso.

Tem que tomar uns drinks para continuar no alto astral de uma viagem tão interessante como essa.

E como até acesso à internet alguns deles já tem, absolutamente nenhuma pessoa que conversamos sobre a situação da ilha mencionou o embargo americano como responsável. Com um mínimo de informação já é suficiente para eles entenderem que, apesar de muito prejudicial para a economia, essa situação absurda de miséria não passa nem marginalmente pelo embargo.

Mas dito isso, bora contar as coisas legais dessa viagem, que foram muitas!!!

E foi assim:

Dia 1

Antes de chegar, precisamos do “Visto” de turista. Bem entre aspas mesmo! Não é um visto de fato, onde algum tipo de análise é feita e que se pode ser aceito ou não. É só um papelzinho desses que para outros países ganhamos dentro do avião para preencher com nome, passaporte e endereço que vai ficar.

Só que nesse momento já logo vemos a coisa que todos Socialistas/Comunistas do mundo mais amam nessa vida:

Dinheiro!!!!

$$$$$$$$$$$

O papelzinho é vendido por US$ 20 no portão de embarque do aeroporto do Panamá, onde fiz minha conexão.

É meio desconfortável sair de viagem sabendo que precisa do ”visto” para entrar e pensar que só vai arrumar isso na hora de embarcar em outro país. Mas funciona, fiquem tranquilos! Conseguimos embarcar!

Nem acreditei que finalmente chegamos! Essa foi uma passagem comprada no início da pandemia no Hurb (Hotel Urbano). Foi absurdamente barata e ainda incluía a hospedagem. O problema foi que chegou a data deles entregarem os pacotes e por esses preços que venderam começou a ficar difícil. Tive que brigar bastante e só depois de entrar em contato nos órgãos de defesa do consumidor que consegui emitir minha passagem.

E tive sorte, porque sei de gente que nem assim conseguiu e continua lá com a viagem aberta com eles, sabe-se lá até quando. Tomara que eles não fechem as portas, se não essa galera vai dançar.

Bom, o hotel que eles arrumaram, apesar de aparentemente bacana, era completamente fora de mão. Como o transporte coletivo lá é muito ruim e os taxis muito caros, achamos que não seria bom ficar por lá. Então acabamos dividindo nossa viagem em 2 noites em Varadero e 3 noites em Havana e reservando hospedagem nesses lugares por conta própria.

O aeroporto de Havana é bem ruim. Tem muita rodoviária aqui no Brasil mais arrumadinha… O banheiro do principal aeroporto do país não tem nem tampa nas privadas… Mas beleza.

Na imigração uma curiosidade… A fila para locais absolutamente vazia, e a fila para estrangeiros lotada.

Mas é óbvio!!! Que cubano que tem oportunidade de sair de lá que volta???? Claro que nenhum!

Minha ideia era tentar encontrar alguém para dividir um taxi até Varadero, já que as opções de transporte são praticamente inexistentes. Para quem tem bastante tempo até dá para tentar as pouquíssimas opções de ônibus intermunicipais, mas eu com 5 dias por lá não poderia nem sonhar com isso.

Não tive sorte e tive que pegar um taxi só para nós 2. É bem caro, pois é uma viagem de mais de 2 horas.

Como lá também não tem combustível fácil, e quando tem as filas dos postos são quilométricas, os taxistas fazem um esquema com os outros que precisam voltar para sua cidade de origem. Então o cara que eu consegui lá no aeroporto me levou para encontrar um outro motorista que era de Varadero e tinha ido até Havana. Meio em uma cena de filme, em um lugar deserto com um hotel abandonado de fundo, trocamos de carro e seguimos com outro motorista até Varadero.

A vigem foi tranquila e o motorista era muito simpático, só rezando para o carro não quebrar na estrada! Todos os carros são muito velhos!

No caminho apenas uma parada para tirar foto na ponte mais alta de Cuba! 😊

Nosso destino era o Royalton Hicacos. Um resort all inclusive de uma rede que já conhecíamos. Ficamos em um Royalton em Cancun que era maravilhoso!

O motorista veio nos falando da escassez de alguns produtos mesmo nos resorts. Que ele tinha parentes que trabalhavam nos resorts e contavam que muitos dias nem opção de proteína tinha. Era só uma coisa e pronto. Sabemos que eles sempre querem oferecer uma grande variedade de pratos para agradar os clientes. Não deve ser fácil para eles lidar com isso. Bom, por sorte no nosso tinha bastante opção!

Chegamos no meio da tarde, fizemos check in e fomos comer alguma coisa, pois não tínhamos almoçado.

Depois fomos passear um pouco pelo hotel e pegar o pôr do sol na praia.

Daí entramos e fomos tomar banho e nos arrumar para aproveitar a noite.

Fomos jantar esse dia no restaurante italiano do resort. A comida estava muito boa!!!!

De barriga cheia fomos para o bar principal do hotel curtir uma música cubana e tomas uns drinks coloridos!!

Foi tudo ótimo e o primeiro dia concluído com sucesso!!!

Dia 2

Acordei bem cedo e fui caminhar na praia antes do sol nascer enquanto a Tati ainda dormia.

Estava bem bonita, mas nada comparado com o que estava por vir!

Então fui me encontrar com a Tati e tomamos café da manhã. Tinha bastante variedade, mas algumas coisas pareciam que eram mais controladas, com pessoas servindo ao invés de estarem expostas para pegarmos quanto queríamos.

Algumas coisas eram meio toscas para um resort desse, como por exemplo os caras misturando restos de suco das jarras em baldes (sim, baldes) e depois abastecendo as jarras novas direto dos baldes e na frente da galera.

Eu não ligo para essas coisas, mas deve ter gringos mais chiques que não devem gostar de ver essas coisas. Sei lá…

Mas o café foi muito bom!

De lá já fomos direto para a praia. E que praia!!!!

Já o caminho é uma obra de arte!

E a praia um show que nem tem como descrever…

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O pessoal do resort já arruma um lugar para nós e já vai buscar uma bebida!

E a gente só tem o trabalho de ficar curtindo esse lugar!

O almoço esse dia foi na praia mesmo. Eles montam uma churrasqueira e preparam um rango bem legal!

E então, mais um pouco desse mar deslumbrante!

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Infelizmente o dia acabou e ainda curtimos mais um pôr do sol lindíssimo!

Fomos nos arrumar porque tínhamos reservado para essa noite um jantar no restaurante na praia.

Esse restaurante servia apenas o prato do dia. Não tinha opções.

Essa noite o prato era Lagosta grelhada, com uma entrada de pão caseiro, um coquetel de camarão e uma sobremesa. A lagosta estava uma delícia! O vinho e a sobremesa, nem tanto.

Depois da janta fomos para o mesmo bar do dia anterior, mas demos uma parada na tabacaria do hotel. Era dia de ir tomar os drinks com estilo, então peguei um charuto cubano e fomos para os drinks!

Obviamente foi uma noite muito agradável!!!

Dia 3

Não acordei tão cedo, mas o café ainda não estava sendo servido. A Tati também levantou e fomos passear antes do café.

Já era o dia de ir embora para Havana, então tínhamos que aproveitar bastante essa manhã antes de partirmos.

Fomos caminhar até o final da praia para curtir o visual e vermos os outros resorts no caminho.

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Na volta ficamos mais um tempinho na nossa tenda naquele sentimento de não querer ir embora!

E acabou 😦

Antes de irmos fechar as coisas ainda ficamos um tempinho nas piscinas, só para não falar que não aproveitamos nada das lindas piscinas de lá!

Mas infelizmente chegou a hora de ir embora…

Essa parte dos resorts de Varadero é uma bolha que ainda não tinha nos dado a menor ideia do que é a verdadeira Cuba.

No caminho para Havana, paramos em um lugar muito legal:

A Cueva de Saturno!

É uma gruta com água azul muito linda que fica perto de Varadero. É permitido nadar e se der sorte o lugar é todo seu!

A água é um poco fria, como é de se esperar, mas é um mergulho delicioso!!!

Seguimos então viagem para Havana…

Continua: Cuba – Havana

Caraíva

Dia 8

Infelizmente já era hora de deixar Cumuruxatiba. Realmente adoramos Cumuru! Saímos já fazendo planos de quando voltaríamos!

Tomei café da manhã, dei uma última voltinha e parti!

Antes de cair na estrada, tive a experiência de usar um “posto de gasolina” local. Hahaha!

Esse era em uma mecânica. A gasolina vem em garrafas pet de 2 litros. Sensacional!!! Hahaha!

Não vou negar que para alguém que mora em São Paulo como eu moro, isso não seja um pouco impressionante… Abastecer o carro com garrafas pet e um funil no meio da cidade na porta de uma loja que armazena essa gasolina sei lá em que condições e por quanto tempo… É bem bizzaro! Um belo choque de realidade desse nosso Brasil.

O outro Brasil não consegue nem aprovar lei que libera o sistema de self service em postos oficiais e fiscalizados, igual é nos EUA…

Bom, vencida essa etapa, parti para Caraíva.

No caminho tive que parar para fotografar essa obra de arte!

Quando cheguei em Caraíva, fiquei assustado como aquele lugar mudou. Gente para todos os lados, estacionamento lotado, ônibus de excursão… Minha nossa!

Aí parei o carro, deixei algumas coisas que não iria usar dentro do carro e fui para a travessia. Existe uma casinha que cobra um ticket ecológico para entrar, mas não é obrigatório. Eu acabei pagando, mas não precisava.

Só tem que pagar a travessia para o pessoal já dentro do píer.

Quando chega do outro lado, o pessoal vem oferecer de levar as malas e as pessoas de charrete.

Eu sou absolutamente contra o uso de charrete. Tudo que escraviza um animal, eu sou contra. Decidi não pegar e levar eu mesmo. Foi uma decisão complicada… Minha pousada era meio longe e andar naquela areia fofa com a mala na cabeça foi muito complicado… Muito mesmo!

Para quem não sabe, Caraíva é uma vila de pescador que virou point. Pousadas para todos os lados. A vila não tem asfalto, é uma areia bem fofa por toda a vila, que as pernas ficam queimando se andar muito por lá.

Praticamente não existem carro na vila. O que tem além das charretes são os buggys que o pessoal usa como taxi, mas eles não ficam rodando por lá, então é bem difícil de pegar um se não for lá no centrinho.

Nesse dia acabei indo na praia lá em Caraíva mesmo. A praia lá é bonita, mas existem outras mais bonitas na região.

Pegamos um pôr do sol incrível por lá!

Saí já de noite da praia e acabei parando em um restaurante bem movimentado no centrinho, na beira do rio.

Aí foi uma cervejinha e um delicioso pastel de arraia que animou minha noite.

Daí foi só caminhar até a pousada e dormir

Dia 9

Dia de visitar a Praia do Espelho.

Tomei um café em um lugar bem na frente da pousada. Depois parti para a travessia do rio para ir buscar o carro.

Ferreirinho Relógio – Todirostrum cinereum

Não é muito longe o caminho até a Praia do Espelho. O estacionamento lá é pago.

Um amigo meu estava hospedado lá no Espelho e fui encontrá-lo assim que cheguei.

Gigi!

Essa é outra praia que está tão diferente desde a última vez que vim. Cheia de gente para todos os lados.

Depois de um tempo ali na muvuquinha eu acabei indo para o outro lado da praia, cruzando o rio.

Essa parte da praia eu gostei muito mais. É uma parte quase deserta. No mar um monte de tartarugas marinhas!

Foi bem mais bacana ficar desse lado e aproveitei para fazer umas fotos da Tati por lá.

Mais para o final do dia a praia já estava bem mais tranquila e fui caminhar pela praia.

E assim o dia foi acabando.

Na hora de ir embora ainda paramos no mirante e também na vendinha que fica no estacionamento. Aí mandamos um creme de Açaí com Cupuaçu. Uma delícia!

Já em Caraíva fomos jantar mas estava tudo tão absurdamente caro que resolvemos mandar só um lanche e ir dormir.

O problema é que nessa noite teve uma festa em uma praia que para se chegar tinha que passar na frente da minha pousada. A pousada não tem absolutamente nenhum isolamento acústico e a noite inteira ficou passando gente falando alto e buggys barulhentos que pareciam estar dentro do quarto. Foi difícil de dormir essa noite.

Dia 10

Já era o dia de ir embora de Caraíva, mas ainda deu tempo de visitar a Prainha. A Prainha é uma praia de rio bem bonita no lado oposto do centrinho.

Peguei um buggy para chegar lá, pois era uma caminhada razoável.

Chegando lá foi uma grata surpresa. A Prainha é linda! E não tinha quase ninguém lá esse dia. Estava maravilhoso!

Aí enquanto eu estava fotografando uns pássaros, aconteceu uma coisa bem chata. Acabei fazendo um resgate de um filhote de passarinho.

Teve uma festa na noite anterior aqui na prainha e tinha muito saco de lixo com as coisas da noite anterior espelhadas por aqui. Eu estava passando e achei bem estranho uns barulhos de passarinho vindo de um monte de saco de lixo. Acabei parando para investigar, mas eu achei que era algum pássaro tentando comer restos que estariam em volta dos sacos. Procurei um monte e não achei nada. Foi quando percebi que o barulho vinha de dentro do saco!

Acabei vendo uma pequena movimentação dentro do saco e chamei a Tati para me ajudar e filmar tudo.

Tinha muita garrafa em cima dele, qualquer coisa poderia fazer as garrafas mexerem e esmagarem o pobrezinho. Ainda bem que a coleta de lixo não tinha chegado ainda.

Eu realmente não faço ideia de como ele foi parar dentro do saco de lixo. Ele era muito bebezinho ainda.

Os pais estavam por perto respondendo aos chamados, mas sem poder fazer nada.

Então depois que eu o tirei de lá, fiquei procurando algum lugar seguro para deixá-lo. Não encontrei nada muito bom, então fizemos um “ninho” com uma toalha velha que achamos por lá e colocamos ele dentro.

Os pais já correram levar comida para ele, que estava morrendo de fome!

Ele até que ficou uns minutos por lá, mas logo já pulou e foi para o mato. Subiu em um galho e por lá ficou.

Ele é um Papa Capim de Costas Cinzas – Sporophila ardesiaca.

Papa Capim de Costas Cinzas – Sporophila ardesiaca

Não tinha muito mais o que fazer, mas ele aparentemente estava bem. Acho que ele era muito novo para estar fora do ninho e não é fácil sobreviver assim tão pequeno solto na natureza, mas ele estava lá e os pais estavam por perto levando comida… Sei lá. Ele já conseguia se empoleirar bem e eu acho que só podia torcer para o melhor.

Papa Capim de Costas Cinzas – Sporophila ardesiaca

Fiquei feliz de estar atento e poder ajudar esse nenenzinho! Espero que ele tenha ficado bem!

Suiriri – Tyrannus melancholicus Vieillot
Bentevizinho de Penacho Vermelho – Myiozetetes similis
Saí Azul (Fêmea) – Dacnis cayana
Sabiá da Praia – Mimus gilvus

Aí infelizmente chegou a hora de voltar para poder seguir viagem. Como não tinha como chamar um buggy, fui andando até a pousada. O problema foi que a areia estava pegando fogo naquela hora. Mesmo com o chinelo foi um sofrimento até chegar na pousada, pois a areia é fofa e o pé afundava até a metade.

Aí na hora de ir para o centro para pegar o barquinho para a travessia, não resisti e chamei uma charrete para nos ajudar. Eu não tinha condições nenhuma de carregar aquela mala na volta. Mas para não sobrecarregar o cavalinho, eu fui andando do lado. O importante era aquela mala chegar lá!

A ideia nesse dia era conhecer a Praia do Sahy. Como já era meio tarde, parei em um lugar para almoçar e pensar no que fazer no dia.

Acabei parando em uma pousada que servia comida que o dono era um cara bem bacana!

Comemos bem, curtimos um som, e o cara nos levou para ver a vista de Caraíva lá do fundo do terreno dele.

Ele nos aconselhou a não ir para a praia nesse dia, porque a maré já estava cheia. Ele ainda nos arrumou de nos levar de carro para a praia no dia seguinte. A opção que 90% das pessoas fazem é ir caminhando desde Caraíva. Ir de carro era show!

Fogo Apagou – Columbina squammata

Continua – Trancoso: profissaoviageiro.com/2021/09/03/trancoso/

San Andres e Providencia – Parte 2 / 3

22/11/2014

De manhã o dono da pousada nos deu carona para o aeroporto em sua Scooter! Como só cabe um de cada vez, ele fez em duas viagens! Primeiro fui eu e depois ele voltou para buscar a Bá!

No aeroporto estava tendo uma apresentação de música local com a recém eleita miss San Andrés! O pessoal da companhia aérea estava mais a fim de dançar e curtir o som do que colocar o pessoal pra dentro o Avião!!!

Bom, na hora de embarcar, quando vi aquele bimotor daquele tamanho, já me deu um frio na barriga! O avião tem 15 lugares e é bem rústico, por se dizer assim!

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Providência

 

Quando aterrissamos, foi um alívio! Apesar que a vigem foi bem tranquila… Não tremeu muito e o tempo estava bom! O voo demora uns 30 minutos.

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Providência é uma ilha menor, bem mais preservada e consequentemente com menos infra.

O taxi era a caçamba de uma camionete, que a gente já tinha que combinar com o taxista a volta, pois eles não ficam rodando muito pela ilha e não tem telefone fácil para chamar um.

 

Chegamos na pousada por volta das 9 da manhã e eu já saí correndo para a escola e mergulho que era dentro do mesmo terreno da pousada para tentar mergulhar ainda pela manhã.

Deu certo, então eu já saí para o primeiro mergulho e a Ba foi fazer a aula para fazer o mergulho acompanhado do instrutor depois.

 

O meu mergulho foi fantástico. Certamente um dos melhores da minha vida. Muitos elementos no mesmo mergulho.

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Depois o barco volta e pega o pessoal do Discovery que vai mergulhar junto com o resto da galera.

Esse segundo mergulho é mais raso e em um local totalmente diferente. Muitos cardumes!

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Achei esse mergulho em Providência sensacional!

 

Quando voltamos, já saímos para alugar uma Scooter. Tinha um lugar bem perto da pousada.

O primeiro objetivo era achar um lugar para almoçar, o que não foi nada fácil em um Sábado por volta das 15:00hs. Não tinha nada aberto na cidade… Depois de rodar a ilha inteira, perguntando para um pessoal acabamos achando um lugar aberto que fazia uma comida caseira, bem simples e deliciosa!!!

Já hidratados e de barriga cheia saímos pela ilha sobre 2 rodas!

Primeiro paramos na Ponte dos Namorados, que era pertinho do restaurante que almoçamos. Estacionamos a scooter ali e atravessamos para a Ilha Santa Catalina.

 

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Demos uma volta rápida por lá e já voltamos para continuar nosso passeio.

Aí paramos na praia Almond Bay. Foi uma pequena aventura para descer de moto a rampa para chegar na praia, mas deu tudo certo!

Lá tem um barzinho estilo jamaicano com um maluco servindo uns drinks para o pessoal que para ali.

A Ba pediu uma Piña Colada e assim como em vários outros lugares o cara perguntou se queria que colocasse Rum… Claro que sim, né, amigo?! Se não, não é Piña Colada!!!!

 

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Bora fazer um supino?!?!?!?!?!

 

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Depois fomos para a praia Suroeste, onde acontecem até corridas de cavalo. Eu não cheguei a presenciar nenhuma, mas o pessoal lá adora essa corrida que ocorre na areia da praia no meio do pessoal!

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Lá tiramos algumas fotos e ficamos andando um pouco.

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Depois continuamos nosso passeio pela ilha até o final do dia, onde corremos para pegar o pôr do sol na praia Manzanillo.

 

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Muito bonito lá, mas não conseguimos ficar muito pois os pernilongos e afins estavam nos atacando sem dó… Ficou impossível ficar lá… Muito bicho mesmo! Estávamos sem nosso repelente e tivemos que sair meio que correndo… Sem noção a quantidade de bicho que nos picou.

 

Até tentamos parar em um lugar bonitinho no caminho de volta da pousada para tomar um suco, mas mais uma vez os bichos não permitiram que ficássemos tranquilos lá. Mandamos o suco goela a baixo e corremos para nosso quarto.

 

De noite a Ba não aguentou ficar acordada e desmaiou na cama. Como eu estava com fome, saí para comer ali perto da pousada mesmo. Parei em um lugar ok e pedi um Ceviche e um suco. O Cevivche estava razoável e o suco muito bom.

Nesse lugar tinham dois casais de brasileiros que não falavam uma palavra de espanhol tentando fazer um pedido… Foi um show de horror… Bateu aquela vergonha alheia e eu fiquei bem quietinho para não perceberem que eu era brasileiro também!

 

 

23/11/2014

 

Acordamos cedo nesse dia e tomamos um café da manhã com calma na pousada.

Dois policiais fortemente armados também tomaram café lá. Eles estavam escutando umas músicas no celular até que começa a tocar uma regravação de uma música que se não me engano é do Chitãozinho e Xororó, e os caras pirando no som!

 

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Saímos para abastecer e dar uma última volta com a scooter pela ilha antes de irmos embora.

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Único posto da ilha

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Praia da nossa pousada

Fomos então fazer o passeio de barco em volta da ilha, que incluía a parada no Cayo Cangrejo (Crab Cay).

Fechamos o passeio na frente da pousada mesmo com um barqueiro que o Felipe, dono da operadora de mergulho, nos ajudou a chamar.

Acabamos fechando o passeio privativo. Sai bem mais caro que dividir o barco com a galera, mas como tínhamos horário para voltar por conta do nosso voo de volta para San Andrés, acabamos preferindo assim.

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Passeio de barco

O mar é espetacular… Vai mudando de cor em cada canto… Verde, azul… Tem de tudo!!!!

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Passamos pela Cabeça de Morgan e pela Ponte dos Namorados, em Santa Catalina, mas não quisemos parar. Fomos então direto para Cayo Cangrejo.

 

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Lá realmente é um show! Um lugar que não pode deixar de visitar!!!

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Tivemos que pagar uma pequena taxa e conservação para entrar na ilhota.

 

Primeiro subimos até o topo da ilha para ver a vista lá de cima. Um show! Chegamos alguns minutos antes da chuva, mas ainda consegui curtir o visual lá de cima!

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Descemos quando a chuva chegou e ficamos curtindo lá no píer onde tem um pequeno barzinho. Aí pegamos uma Piña Colada, alugamos uma máscara de mergulho e ficamos por lá um bom tempo! Logo logo o Sol apareceu de novo e foi muito irado ficar curtindo ali!!!

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Com o tempo foi chegando bastante gente, mas nessa hora já precisávamos tomar nosso rumo.

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Daí passamos em uma ilha que não se pode chegar perto, onde ficam os ninhos das Fragatas. São aves lindas que os machos possuem um peito vermelho que inflam, como uma bexiga, para impressionar as fêmeas!

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Existem um monte delas lá. Pena que a gente tinha horário, se não teria ficado mais tempo ali parado apreciando o voo e a beleza delas!

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Fomos então para nosso último destino antes de voltarmos para a pousada, nosso almoço! Se não me engano foi na praia de Manzanillo que paramos.

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Comemos muito bem lá!

 

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Aí demos uma relaxada e já voltamos para nossa pousada.

 

Como ainda tínhamos algum tempo, fomos para uma praia perto da pousada que é uma praia pequena e completamente deserta que nós ainda não tínhamos parado.

Ficamos lá curtindo aquele paraíso só para nós sem sermos incomodados por nada nem ninguém! Como foi bom!!!!!!!

Foi o fechamento com chave de ouro dessa breve passagem por Providência!

 

Bom, aí foi devolver a scooter, pular para a caçamba do taxi que pontualmente estava lá nos esperando e seguir para o aeroporto.

 

Eu só tinha levado minha mochila e na volta, diante de uma minuciosa inspeção do pessoal de providência, meu desodorante teve que ficar por lá, mesmo eu explicando que ele veio dessa mesma forma. Bom, não teve conversa. Tive que comprar outro quando cheguem em San Andrés.

 

Voo de volta foi tão tranquilo quanto o de ida. Tempo bom e pouco balanço. E ainda teve uma graça do piloto que chegou de lado na pista e quando estava em cima dela jogou o aviãozinho pro lado e entrou certinho na pista. Deu um frio na barriga essa hora, mas foi bacana!

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Cinto de segurança do Del Rey!!!

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San Andrés

 

Voltamos para nossa pousada, que sequer devolvemos o quarto nesse dia que passamos fora. Nós deixamos nossas coisas dentro do nosso próprio quarto e nem precisamos nos preocupar. O dono lá foi muito gente boa com a gente!

 

Saímos então para passear no centro e comer alguma coisa antes de dormir.

Passeamos, comemos, tomamos sorvete, tomamos café colombiano e fomos dormir!