21/05/2009 – Dia 6 – Machu Pichu
Acordamos bem cedo e estávamos pronto antes do horário combinado. Como não estávamos certos se tudo correria bem em relação ao nosso passeio, ficar esperando o pessoal naquele frio não foi nada agradável. O pior é que os caras atrasaram muito! Eu olhava para o relógio e já estava quase na hora do trem sair e nada dos caras… Eles chegaram muito depois do combinado e saíram que nem uns loucos para a estação do trem…
Quando chegamos o trem já estava partindo… As plataformas para o pessoal passar já haviam sido retiradas e alguns vagões já estavam até fechados… Corremos e conseguimos entrar. Foi por muito pouco essa!
Os caras da agência me deram um monte de papel e na correria eu entreguei tudo para o cara que estava lá para conferir as entradas. Só que ali também estava a volta e ele não me devolveu nada. Quando eu percebi que não estava com a volta, fui até o cara e disse que eu tinha entregado tudo para ele e que ele por favor verificasse que meu ticket de volta estava lá e me devolvesse.
Ele já teve a primeira reação que grande parte dos Peruanos e Bolivianos que cruzei tem: “Não, para mim não entregou nada”.
Ali eu vi que teria problemas. Eu insisti bastante com ele… Falei, falei, falei… Bom, já tinha desistido… Já estava pensando no que iria inventar para conseguir embarcar no trem de volta, mas não seria fácil, pois o trem estava completamente lotado e provavelmente voltaria assim também.
Depois de um bom tempo, o cara me volta com meus papeis e me entrega o ticket de volta. Nem acreditei que ele se deu o trabalho de procurar… Mas me salvei dessa!
O caminho até lá é bem agradável. Não estou acostumado a andar de trem e curti muito a viagem.


Em Aguas Calientes já fomos para a fila do ônibus que nos leva até a entrada de Machu Pichu.
Eu cheguei a ver que tem um pessoal que prefere subir a pé e tal… Eu não recomendo isso a ninguém… Se quer economizar os US$ 6,00 (acho que é isso que custa o trecho), faça isso na volta, que pelo menos é decida e você já gastou a energia lá dentro! Na ida eu considero uma economia bem porca.
Machu Pichu estava lotada!!! Era o primeiro dia de visitação desde a greve. Nos outros dois dias anteriores só chegaram lá os caras da trilha inca. Não tinha para onde ir que não tinha um monte de gente. Quase nenhuma foto sem um desconhecido junto!!!!!
Tava tranquilo, viu?!?!

Uma pena em Machu Pichu, que das ruínas que vemos, não sobrou muita coisa das construções originais dos incas, que mostram como aquele povo era avançado, mas sim um monte de pedras irregulares recolocadas por um monte de peruano sem noção que os caras arrumaram lá para remontar o lugar e continuar tendo como atrair os turistas… Mesmo assim, é espetacular o lugar. Avistar a cidade ali de cima é extraordinário… Impossível não ficar criando historinhas na cabeça de como era a vida deles ali. Lugar lindo!







Quando eu fui para o México, escutei uma história muito pior sobre o que fizeram nas pirâmides de Teotihuacán. Essa história carece de confirmação, mas o guia falou que quando os caras descobriram as pirâmides há uns 100 anos atrás, eles para acelerar a retirada das coisas (terra, grama e até arvores crescidas) que estavam por cima das pirâmides, usaram dinamite para acelerar o processo… Aí, já sabe o que aconteceu… Pedrinha e cimento para remontar o negócio!!! Lá se vê menos das pedras originais – grandes, lisas e perfeitamente encaixadas – do que se vê em Machu Pichu, mas da mesma forma é um lugar lindo!












Bom, no fim, gostei muito de lá e nem me importei mais em ter gastado tanto para conhecer o lugar. Valeu cada centavo.

22/05/2009 – Dia 7 – Cuzco / Arequipa
Nosso vôo para Arequipa saia por volta da hora do almoço. Tínhamos conseguido fechar no dia anterior um passeio para um dos lugares do vale sagrado… Pisac! Achei ótimo isso, pois assim conheceríamos um pouco do que a greve nos privou. E também o cara iria nos deixar no aeroporto depois. Ótimo negócio! Tentei isso em umas 3 agências e a diferença de preço que achei foi brutal… Não lembro o nome da agencia que fechei, mas não era ali na praça principal, era em uma rua lateral. Foi a metade do preço das outras.
Saímos muito cedo para dar tempo de conhecer o lugar e chegar na hora ao aeroporto. Andamos por tudo lá. Muito bom!

















Quando saímos de lá ainda tínhamos algum tempo, então o motorista nos levou a dois lugares que foram sensacionais, e para quem gosta, não pode deixar de ir. Foi muita sorte termos ido para lá, pois curtimos muito Pisac e esses dois passeios extras!


Primeiro um lugar onde mora um pessoal que faz aqueles “crochês” deles (Mil desculpas, mas não sei o nome da técnica deles).
Lá eles têm um pasto para Lhamas e Alpacas que podemos ir lá alimentar os bichos. Dos próprios bichos eles retiram a lã que usam. Aí eles nos mostraram as formas de fazer as roupas, tudo artesanalmente e em pequenas máquinas que ajudam a separar os fios.




Depois nos mostram de onde eles obtêm as cores que tingem as roupas… Foram nos dando alguns materiais e íamos colocando em um pedaço de papel. Tinha uma das cores que era uma espécie de pulgão espremido que dava a cor (o vermelho, imagino!).
Muito legal! Não tinha nenhuma cobrança obrigatória, eles não tentaram em nenhum momento empurrar algum produto deles para nós e eu só dei uma contribuição para eles no último minuto que estava lá, e a mulher que estava nos atendendo fez tudo com a maior boa vontade, mesmo sem saber se iria ou não receber algo (Apesar de que todos davam uma ajudinha para eles lá… Claro que ela devia imaginar que sim).
Fiquei encantado com isso… Nada comum nessa viagem esse tipo de atitude. Se soubesse antes de lá teria feito todas as compras de lembrancinhas lá, apesar de não saber bem tudo que tinham lá para vender. Na verdade eu acho que eles trabalhavam mais com encomendas para as lojas da cidade… Não sei mesmo o que se comprava lá ou não. Nota 10 para o lugar e o pessoal!

Depois fomos a um pequeno zoológico particular de um cara muito gente fina. Também não tinha pagamento obrigatório. Só contribui com o que você quer.
O próprio dono fez o passeio com a gente lá. Outras pessoas estavam fazendo com o pessoal dele que trabalha lá. Quando ele viu que éramos brasileiros e que entendíamos um pouco dos bichos e que curtíamos muito, ele mesmo veio fazer o tour com a gente. Ele disse que curtia brasileiros (Não quis nem perguntar por que!!!!!!).

É um lugar onde ele reabilita animais que tiveram problemas ou sofreram maus tratos. Ele sustenta o lugar sem nenhuma ajuda do governo. Se pode entrar em todas as jaulas. Só na do Puma que não pode… Mas tudo bem, eu nem queria!
Ele conta a história de cada animal de lá… Porque está lá; quem levou; se tem chances de voltar para a natureza… Essas coisas.







Os dois Pumas, por exemplo, eram de um circo que não conseguiam mais usá-los, pois eles ficaram muito agressivos.

Lá tivemos nosso primeiro contato com os Condores. Depois os veríamos na natureza no Canyon Del Colca. Esse casal de Condores foi levado para lá porque foram envenenados por moradores ignorantes que acham que eles podem atacar o rebanho deles. Esses condores não serão reintroduzidos, assim como os Pumas, mas ele contou que depois de uns 3 anos que eles estavam lá eles tiveram um filhote e esse filhote foi levado para a natureza.



Sensacional esse bônus que tivemos nas últimas horas de Cuzco! Eu curto muito essas coisas. Foi realmente um dia especial da viagem! No roteiro original, era só um dia para acordar tarde e ir direto para o aeroporto… Como são as coisas…
Arequipa:
Em Arequipa, por recomendação do meu amigo Léo, ficamos na Posada de San Juan. A pousada é bem localizada e bem arrumadinha também. Só que o pessoal que trabalha lá é um bando de idiota… A mulher da posada veio dentro do meu quarto discutir porque ela achou que eu estava devendo 60 centavos para ela! É sério, foi lá no quarto, entrou e meteu a boca em mim. Isso porque eu paguei em dólares e ela depois fez o cambio, pois queria os Soles naquela hora. Só que a infeliz fez a conta toda errada e chegou a conclusão que eu estava devendo 60 centavos para ela. Não acreditei…
Para não dar continuidade naquela palhaçada eu abri minha carteira, contei minhas moedinhas e paguei a mulher. Ensinar matemática para ela seria muito mais trabalhoso…
Óbvio que não recomendo o lugar.
Contratamos o passeio para o Canyon Del Colca e fomos passear um pouco pela cidade. Muito bonita, pelo menos por onde andamos!