Chegamos na casa da família que nos hospedou. Foram muito simpáticos e logo de cara já nos ofereceram um delicioso café cubano.

O lugar era um desses predinhos bem comuns por lá, de 3 andares e uma laje ainda acima. Nessa laje eles construíram um quartinho com uma pequena cozinha, banheiro e dormitório. Estava ótimo para nós!



Bom, saímos para passear…
A primeira parada foi no Capitólio. Um oásis de conservação e limpeza no meio de Havana Velha.





Olhando para o outro lado da rua, as coisas já não eram mais assim…


Ficamos nessa região caminhando até escurecer.






Enquanto tirávamos fotos do lindo Gran Teatro de La Habana, passa um morador local por nós e fala: “Essa é a única coisa bonita que vão ver em Havana!”
Hahaha!

Aqui uma coisa boa de Havana: É uma cidade bem mais segura que a maioria das capitais latino-americanas.
Andamos a pé pela cidade durante a noite bem tranquilos. Isso é muito bom.
Apesar de ter visto na internet alguns incidentes, e também uma guia de um dos lugares que visitamos quase ter tido um ataque quando me viu tirando o celular do bolso de trás da bermuda e me falar para não deixar o celular no bolso de trás de jeito nenhum, eu me senti bem seguro lá!
Seguindo uma dica de ouro de uma amiga (Camila), fomos jantar em um Paladar sensacional, que se chama Paladar San Cristóbal
Dentro dessas mudanças que vem ocorrendo por lá, pessoas foram autorizadas a abrirem seu próprio restaurante (Capitalismo Malvadão tomando conta). Eu não sei se isso é uma regra, mas pelo o que entendi, quando chama Paladar é um estabelecimento privado, e quando se chama Restaurante é um estabelecimento do governo. Mas como disse, não sei se é isso mesmo…
Bom, esse lugar era sensacional!
Como os outros Paladares, o lugar é dentro de uma casa… Então a arquitetura do lugar é a de uma residência, com as mesas colocadas dentro dos cômodos do que foi um dia uma casa.

A decoração era muito bacana!



Como para comer é muito barato por lá (para turistas), já fomos direto para os pratos mais elaborados da casa!
Começamos com uma entrada que tinha de tudo um pouco!

E o prato principal, como não poderia ser diferente, foi lagosta!
A minha foi uma lagosta preparada no abacaxi que estava sensacional! A Tati pediu a dela grelhada mesmo.


Nossa, que delícia!!!!!
Os drinks também estavam maravilhosos!

Em um determinado momento chega um cara muito bem vestido que claramente não era turista. Era alguém bem importante.
O pessoal correu para isolar um dos “quartos” para acomodar esse cara em uma mesa. Depois de 2 minutos o Chef vai se encontrar com ele e começa a chegar um monte de comida, bebida, charuto… Até uma mulher toda vestida de branco com aqueles vestidos grandes (parecido com o que vemos na Bahia) entra com umas bebidas e charutos e fica com eles um tempo lá.
Foi interessante acompanhar essa movimentação!
Bom, no final ainda ganhamos charutos bacanas deles!


Foi uma noite nota 10!!!!!

Nesse dia já vimos um pouco da realidade de lá… Na rua, prostitutas se ofereciam para os gringos de forma bem agressiva e na frente de todo mundo. Também tinha muita gente vagando, meio sem aonde ir.
Eu tinha lido que antes desses ditadores comunistas tomarem Cuba eles tinham essa questão da prostituição pelas cidades como algo degradante que os capitalistas levavam para lá e que eles acabariam com a revolução… Bom, adivinha?
E como estávamos bem cansados e já um pouco borrachos, pegamos uma dessas bikes que eles tem lá que transportam 2 pessoas na parte de traz (não sei o nome disso). O pobre rapaz penou para nos levar depois do tanto que comemos!!! Mereceu a gorjeta!

E foi isso!
Dia 4
Acordamos cedo e tomamos café lá na casa que estávamos mesmo. A nossa host é bem ligeira e já oferece um monte de coisa que vamos precisar de qualquer forma, lá na casa dela mesmo, e assim ela ganha uma grana extra com isso!

O café estava muito bom! Tinha bastante coisa e até nos surpreendeu com a variedade.


Nesse dia andamos muito! Fomos para todos os lados que conseguimos.
Uma coisa é muito chata por lá. É impossível andar um minuto sem alguém vir falar com você contando alguma mentira e tentando te enganar para conseguir um dinheiro. Todo mundo conhece um paladar que vai dar desconto (que é mentira e te cobra mais caso você seja levado por alguém), todo dia é o dia do charuto e o governo deixa as pessoas te venderem charutos originais a preço de custo (que é mentira, são charutos de péssima qualidade que eles mesmos devem fazer em suas casas), e mais um monte de coisa. Tentam te dar uma dica inútil e dizem que você tem que pagar por isso… Putz, essa parte é muita chata e é o tempo todo que está na rua. No final do dia já está bem cansado disso.
Esse dia pudemos ver mais de perto os efeitos do regime, passando por açougues, mercados, panificadoras e farmácias…



Muitas coisas são distribuídas pelo governo para a população, como por exemplo o pão. Eles têm direito a um ou dois pães por dia e enfrentam diariamente essa fila imensa, faça chuva, faça sol, faça furacão, faça tempestade, com uma cadernetinha de papel na mão para retirar seu pão diário e anotar que já retiraram. Essa cadernetinha é um negócio muito tosco que todas as coisas que o governo entrega são anotadas. Viagem no tempo……

Pela manhã visitamos diversos lugares…

















O museu da revolução estava fechado para reforma e não pude conhecer, só o memorial estava aberto.

Lá tem uma coisa engraçada… Como a maioria das coisas são controladas pelo governo e não tem ninguém tomando conta, vários lugares que tentamos visitar estavam fechados, em um dia de semana e em horário comercial… A gente perguntava para as pessoas que estavam por perto e eles falavam: “É, era para estar aberto, não sei onde ele foi”. Hahaha!!!!!
Decidimos almoçar no Gran Teatro de La Habana, aquele prédio lindo do lado do Capitólio.
Bem turístico o lugar e a história que temos desse lugar passa pelo seu banheiro…
Esse lugar é bem bonito, só gringo comendo e tal… Um lugar chique! A Tati vai ao banheiro e vê uns baldes grande espalhados por perto, mas ok. Quando vai dar descarga, percebe que não tem água! Aí ela sai e vai falar com a moça que fica lá na porta do banheiro… A moça já fala que não era para ela se preocupar que ela que dá descarga! Por isso os baldes!!!! Ainda bem que era número 1!
Aí para lavar a mão, também não tem água… Aí a moça já vem com uma garrafa pet de 2 litros com água dentro e um furo na tampa. Ela ficava espremendo a garrafa na pia para ela lavar a mão… PQP! Um lugar desse é assim… Imagina o resto!
Bom, pedimos a comida e estava muito boa!


Aí continuamos o passeio.
Até uma parada para um Mojito era obrigatória!!!

Nesse bar vimos mais um sinal dos tempos… Tinha uma bandeira do arco-íris em um canto do bar. Esse era o sinal definitivo que Cuba estava mudando. Imagina uma pessoa colocando uma bandeira dessa em seu bar 20, 30 anos atrás… Imagino que a pessoa não voltaria para trabalhar no dia seguinte.
Essa mudança é mais fácil de entender. Como já sabemos, não existe nada que um socialista goste mais do que dinheiro… E gays têm dinheiro! E gastam muito dinheiro! E não tem Revolution que resista a gente disposta a gastar seu dinheiro com eles!!!!
Então um café em uma cafeteria estatal. No cardápio tinha…….. Café! Hahahaha!
Pois é, todos esses locais estatais não tinham nenhuma variedade! Restaurantes, cafés… Nem precisava de cardápio, porque só tem uma opção mesmo!

Bom, andamos mais um pouco e depois fomos para o quarto nos arrumarmos para a noite.


Decidimos ir em um lugar que tínhamos visto de dia que o pessoal tinha falado com a gente e a gente até que gostou. Era um beco com um monte de restaurantes com mesas na rua que achamos muito bonitinhos e decidimos arriscar.
A comida estava muito boa e a música ao vivo também!


O problema veio na conta. Era um restaurante estatal… E já tinha lido que os caras tentam enganar os clientes e cobrar mais. E lá estava eu participando disso……
Chamei uma mulher de lá e pedi que me explicasse o que era cada item. Ela já ficou vermelha na hora. Mostrei uma linha que tina uma espécie de rabisco ilegível com um valor na frente.
Tinha 2 linhas de 10% de gorjeta. Claro que era uma do restaurante e uma do menininho que me encontrou na rua 20 metros antes de eu chegar ao restaurante que já estava indo para lá mesmo e acabou de chegar comigo…
A mulher tentou arrumar uma desculpa, falou que era por causa do Wi Fi mas não sabia direito. Mas já falou que eu não precisava pagar nada dessas coisas, nem mesmo os 10% e tal…
Bom, falei para ela tirar aquela linha do rabisco e deixar os 20% que eu iria pagar. Ela ficou aliviada na hora. Correu lá para dentro e voltou rapidinho com a conta certa.
Mas lá tem que ficar esperto o tempo todo com esses pequenos golpes.


Depois voltamos para o quarto e eu fiquei curtindo um charuto com as luzes de Havana Velha!


Até amanhã!
Dia 5
Nosso último dia! Tomamos nosso café e corremos para riscar algumas coisas da lista!
Primeira coisa foi comprar charutos. Não tem como voltar de Cuba sem seu melhor produto nas malas… Pegamos informações de lojas oficiais e partimos para lá!
Uma coisa que lá é muito diferente é essa questão do comércio. Parece ridículo, mas no centro da Havana não é toda hora que se cruza um lugar para comprar charutos, ou qualquer outra coisa.
No primeiro dia tentamos comprar um guarda-chuva, mas quem disse que tem uma vendinha ou uma banca com isso fácil assim para passar e comprar? Lembrancinhas… Super difícil de encontrar. Era para ter um lugar em cada esquina, mas não tem.
Então essa missão de comprar os charutos era realmente uma atividade específica. Deixar para depois porque você acha que vai achar um lugar no meio do passeio pode fazer você voltar para casa de mãos vazias.
A loja é muito legal!!!! E os preços bem salgados. Com o dólar oficial subindo loucamente, a moça disse que os preços haviam dobrado nos últimos 3 meses. Mas mesmo assim é bem mais barato que comprar em outro lugar, como aqui no Brasil. E convenhamos, não se compara em chegar com uma caixa de charuto comprada em Havana! Outro nível!!!




Com esse item riscado da lista, fomos para o próximo… Andar de conversível!!!

Nós fomos escolher o nosso na frente do Capitólio. Lá é um dos pontos de partida.
Uma pessoa que fica trabalhando para os donos dos carros veio nos oferecer o passeio. O cara foi super educado e tranquilo. Ele saiu conosco atras de um carro rosa que a Tati queria, mas infelizmente todos ali já tinham alguma coisa marcada. Nisso me aparece um cara super folgado, meio querendo dar ordem nele e nas outras pessoas. Um cara super grosseiro que tentou empurrar um dos carros para nós. Como ainda não tínhamos desistido falamos não mas mesmo assim o cara meio que armou um barraquinho ali na rua com esse outro cara que estava nos ajudando. No final das contas, por falta de opção, fomos no carro que esse cara queria. Foi uma péssima escolha, porque o infeliz foi uma boa parte do passeio com a gente, junto do motorista. O cara era muito folgado e muito chato. Ficou falando umas mentiras no passeio e um monte de idiotice. Uma hora disse que eu tinha que pagar uma parte adiantada para ele porque ele iria pagar o imposto pelo passeio. Aí foi demais e eu tive que engrossar um pouco… Falei que queria ver onde ele iria pagar o imposto àquela hora no meio do role, e aí eu daria a grana… Ele fez uma puta cara de merda! Foi bacana!
Aí mudou o discurso e pediu se eu poderia pagar uma parte do passeio adiantada para ele. E eu disse que tudo bem, para mim não fazia diferença nenhuma pagar antes ou depois, mas o cara tinha que entender que ele não estava enganando ninguém com o papinho dele.
Para piorar, quando chegamos na primeira parada, ele disse que eu tinha que dar uma gorjeta de 5 dólares.
Eu já fiz cara de desentendido e falei que não iria pagar isso, que poderia dar uma gorjeta em Pesos igual dei e daria para os colegas dele. Ele tentou insistir e disse que não poderia, tinha que ser 5 dólares, meio que tentando colocar medinho.
Como sabia que ele não ia fazer nada e ainda estávamos na frente de prédios do governo, disse que então não iria dar nada. Ele fez uma puta cara de merda e aceitou a gorjeta em Pesos. Eu só dei porque ele arrumou um carro vermelho para a Tati tirar umas fotos, senão, não teria dado nada e teria pagado para ver… Puta cara insuportável. Ainda bem que depois disso ele sumiu.
Ficamos apenas com o motorista até o fim do passeio, que era um cara bem gente fina.
Nós fechamos 2 horas com o carro, mas na empolgação a Tati acabou caindo na conversa deles de parar para tomar a “melhor Pinã Colada de Cuba”. O cara ofereceu de parar e ela já logo aceitou. Eu acabei ficando quieto…
O passeio era de 2 horas e a gente poderia visitar o que quiséssemos nesse tempo. Acabamos perdendo mais de meia hora em um lugar tomando Pinã Colada (de fato era bem gostosa) ao invés de rodar pelos lugares com o conversível… Mas tudo bem….
Inclusive nessa hora foi engraçado. Claro que o motorista ganha uma parte do que gastamos no lugar. Eu ofereci que ele pegasse também uma bebida que eu iria pagar, então ele pegou uma limonada e sentou conosco.
Só que nesse bar havia 2 cardápios. O cardápio de quem vai levado por um motorista, muito mais caro, e um cardápio de quem chega lá por conta própria, ou é local, muito mais barato.
Quem veio nos trazer a conta não foi a mesma pessoa que nos atendeu, então ela não sabia que era o preço do motorista, ainda mais porque ele estava bebendo com a gente. Ela trouxe a conta em Pesos com um valor infinitamente mais barato. O cara quando viu deu um pulo em cima da conta e levou correndo lá para dentro para a mulher arrumar! Hahaha!
Eu não reclamei, porque o valor mais alto foi o que foi apresentado para mim desde o começo e eu aceitei, então tudo certo pagar, mas foi hilário o desespero do cara. Aí quando paguei ele precisa arrumar uma desculpa que precisa usar o banheiro para entrar no lugar e pegar a parte dele! Hahaha! Muito engraçado como eles acham que todo mundo é besta!
Ficamos só acompanhando a movimentação… Divertido!
Bom, voltando ao conversível!
Que demais!!!!
Primeira parada foi na Praça da Revolução.




O lugar é bem interessante. Grande, limpo. Interessante estar na frente do prédio com a cara do Che Guevara. Já vimos tantas vezes essa imagem pela TV e internet, e lá estávamos nós!

Os discursos do Dia do Trabalho ainda são feitos por lá.

Depois rodamos um pouco pela parte mais nova de Havana e já logo chegamos na parada para a Pinã Colada. Acho que o lugar é onde funciona o consulado da França, mas não tenho certeza.



Depois já meio sem muito tempo, fomos para o outro lado da bahia, onde fica a estátua do Cristo deles.


Descemos, andamos um pouco, mas já era hora de voltar, pois o tempo estava se esgotando.


Na volta só deu tempo de passearmos na avenida beira mar e voltarmos para o Capitólio.


O rapaz gentil que nos atendeu no começo ainda estava lá e nos ajudou com as últimas fotos!

De lá já fomos direto para outro lugar da lista, o Restaurante La Bodeguita Del Medio. O lugar ficou famoso por aparentemente ser o responsável por popularizar o Mojito em Cuba. A gente não poderia ir embora sem provar essa iguaria refrescante!
Chegamos e o lugar estava lotado de nórdicos… Duzentas pessoas de cabelo loiro bloqueavam a entrada do lugar. Era até engraçado!
Estava desistindo, mas vi que eles já estavam de saída… Aí consegui chegar perto e falar com o garçom, que nos arrumou uma mesa na parte de trás.
A notícia ruim é que lá é um desses lugares que nem adianta olhar o cardápio. Não tem praticamente nada que está no cardápio. A notícia boa é que o que tinha era uma deliciosa lagosta grelhada e uma entrada de bolinhos fritos também muito boas!


O Mojito era realmente muito bom e também aproveitei para tomar uma cerveja local, que não era tão boa quanto os drinks que andei tomando por todos esses dias.




De barriga cheia fomos caminhar mais um pouco.





Acabamos entrando no Memorial da Revolução, que é uma espécie de anexo do Museu da Revolução que não pudemos entrar pois estava em reforma.


Na verdade, sem ver o museu nem vale muito a pena entrar, porque as coisas que vemos lá são as mesmas coisas que vemos passando na frente andando na rua. Mas tudo bem, a entrada é bem barata.
Ainda deu tempo de pararmos em um ambulante para comprarmos algumas lembraças e eu consegui comprar uma moeda de 3 Pesos com o rosto do Che para a minha coleção de moedas!

Nisso já era o meio da tarde e a Tati estava um pouco cansada. Também já bem incomodada com a galera pendurada na gente o tempo todo, ela decidiu ir para o quarto descansar um pouco e já começar a arrumar as coisas para ir embora. Nosso voo saía muito cedo no dia seguinte.
Eu não queria ficar no quarto e então peguei minha câmera e fui rodar mais um pouco.




Acabei tirando boas fotos






Nossa última janta foi em outro lugar famoso, o Floridita, frequentado por Ernest Hemingway e muitos outros artistas e personalidades.

A parte da frente é mais barzinho e a maioria da galera só está bebendo. Como também queríamos jantar, pegamos mesa mais no fundo, em um salão mais chique!

A Tati pediu um prato de carne de porco, se não me engano, e eu peguei a última Lagosta da viagem! De verdade, eu comi mais lagosta essa viagem do que na minha vida inteira antes disso!!!!

Claro que estava uma delícia!
Bebemos também ótimos drinks por lá!






E para fechar com chave de ouro a viagem, além de ajudar com a glicose, paramos em uma sorveteria bem chiquezinha que tinha no nosso caminho.

Eu me lembro de ler que antigamente havia uma sorveteria bem famosa por lá que tinha até fila e todo turista tinha que ir. Não sei se era essa aqui, mas essa era bem gostosa! Entre as centenas de produtos em escassez na ilha, está o leite. Então imagino que não deve ser fácil fazer os sorvetes todos os dias. Um desafio extra para esse pessoal. E o sorvete era muito gostoso!
E então já bem satisfeitos seguimos nossa caminhada para o quarto.


Boa noite!
Dia 6
Bom, nosso voo saía muito cedo. A nossa host nos ofereceu levar para o aeroporto por um preço um pouco mais barato que o taxi cobraria. Claro que aceitamos. Por trabalhar com turismo, ela tem uma vida bem melhor que a maioria das pessoas por lá e até carro ela tem!
O carro é um capítulo a parte. É um Lada de mais de 30 anos que está só a carcaça. De verdade! Não tinha nenhum acabamento por dentro. Não tem painel, não tem nada entre nós e a lataria do carro. Minha janela estava presa com um cabo de vassoura para não cair. O câmbio era só uma barrinha de ferro que vinha do assoalho do carro, sem aquela bolinha em cima. Que loucura!
Mesmo com o motor dando umas engasopadas bem preocupantes, chegamos no aeroporto!!!
Ainda tivemos tempo para gastarmos quase todo o resto dos Pesos Cubanos que tínhamos nas lojinhas que estavam abertas logo cedo.
Depois foi tranquilo e no “Free Shop” oficial do aeroporto ainda compramos uma última caixa de charuto que era encomenda, antes de embarcarmos de volta ao Brasil.
E foi isso!
Curtimos bastante a viagem e apesar dos momentos meio para baixo que tínhamos vendo toda aquela situação desse povo que em grande parte não tem nenhuma culpa disso que está acontecendo por lá, foi uma viagem bem bacana!
Para quem tem uma passagem de volta na mão, o lugar é bem interessante! Para os que estão presos lá, não me pareceu tão interessante assim.
Como a maioria das coisas na vida, não tem nada como ver com os próprios olhos. Fica bem mais difícil de cairmos nesses discursos vazios que estamos sujeitos todos os dias e vindo de todos os lados possíveis.
A máquina no tempo não me levou tão longe quanto eu gostaria, mas levou longe suficiente! 😉
Bom, quem quiser tirar alguma dúvida ou pedir alguma dica, só mandar!!!!
Valeu viageiros!
Abraços!
